No total, já são 15 óbitos em decorrência da doença registrados neste ano; uma morte segue em investigação
Juiz de Fora contabiliza 15 mortes por dengue em 2019. De acordo com a Secretaria de Saúde (SS/PJF), as novas confirmações são referentes a uma mulher, 52 anos, moradora do Bairro Nossa Senhora das Graças, Zona Nordeste, e a um idoso, 64, morador do Bairro Santa Helena, na região central. Conforme informações da pasta, a mulher tinha cardiopatia, hipotireoidismo, diabetes e hipertensão arterial. Já o idoso tinha diabetes (insulina dependente), cardiopatia crônica, hepatopatia, nefrolitíase e hipertensão arterial – fatores que contribuem para a evolução da doença.
A última confirmação de mortes em decorrência da doença havia ocorrido há dois meses, no dia 8 de outubro. Além dos novos dois óbitos confirmados, o Departamento de Vigilância Epidemiológica tem mais uma notificação por suspeita de morte por dengue, que segue em investigação: a de um idoso, 60 anos, morador do Centro. De acordo com a Secretaria de Saúde, esta suspeita foi enviada para a Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, para descartar ou comprovar o caso por meio de exames, como o de sorologia.
Dessa forma, Juiz de Fora tem 16 casos de mortes suspeitas por dengue, sendo 15 confirmadas até esta terça-feira (10). A Prefeitura informou ainda que outras sete suspeitas de mortes pela doença foram descartadas pela Funed. O número divulgado de casos e de óbitos divulgado pelo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nesta segunda não significa, no entanto, que os mesmos ocorreram de uma semana para outra. De acordo com a pasta, há um atraso do Estado para que os resultados do exame de sorologia sejam divulgados e os dados entram gradualmente no sistema. Conforme o documento, a cidade teve 7.433 casos prováveis de dengue neste ano, e a incidência da doença é considerada muito alta.
Além das ações permanentes de enfrentamento à dengue e controle vetorial, por meio da Sala de Operações, a Prefeitura afirma que, há cerca de seis meses, solicitou carro fumacê ao Governo de Minas, responsável pelo equipamento. Contudo, até o momento, não teria obtido resposta do Estado. A Tribuna entrou em contato com a SES e aguarda retorno sobre o assunto.
A passagem do inseticida, entretanto, é eficaz somente na eliminação de mosquitos adultos. O fumacê não elimina os focos e criadouros do mosquito. Esta eliminação, conforme a Secretaria de Saúde, é feita por meio dos larvicidas usados pela Prefeitura, ou então por meio da eliminação direta dos criadouros. Por esse motivo, a pasta reitera a importância da colaboração da população para as vistorias semanais dentro de suas residências. Segundo a Vigilância Municipal, o fumacê só é eficaz na fase alada do mosquito e, ainda assim, se for bem aplicado.
Para o carro fumacê ser eficaz, é necessário que haja três aplicações em cada quarteirão, em dias não consecutivos. A passagem do fumacê é feita em ciclos. É preciso levar em conta fatores como vento, horário do dia e temperatura em que o inseticida é aplicado para que sua ação seja eficaz. O fumacê, quando bem aplicado, pode matar as fêmeas infectadas que possivelmente estão naquele lugar.
A Vigilância afirma que sua ação é sim importante, ajuda a reduzir a população adulta do mosquito, mas a maneira mais eficaz de combater as doenças propagadas pelo Aedes aegypti é acabando com os criadouros.