Em depoimento, homem de 52 anos disse ter atirado na vítima acreditando tratar-se de um assalto; duas testemunhas confirmaram autoria
O suspeito de atirar e matar um possível morador em situação de rua prestou depoimento na tarde desta quinta-feira (26), depois de se apresentar de forma espontânea na Delegacia de Santa Terezinha. Ele já havia sido identificado e sua apresentação foi negociada junto a seu advogado, que esteve na delegacia a fim de obter informações sobre o inquérito. A vítima foi executada com um tiro no rosto ao abordar o homem na madrugada de domingo (22), na Rua Agassis, no Bairro Mariano Procópio, Zona Nordeste de Juiz de Fora.
De acordo com o titular da Delegacia Especializada de Homicídios e responsável pelo caso, Rodrigo Rolli, o suspeito de 52 anos, que é propr
O corpo da vítima permanece sem identificação no IML. Ainda conforme o delegado, duas testemunhas veladas ouvidas nesta quinta-feira confirmaram a autoria. “As testemunhas veladas confirmam a autoria. Contam que o casal chegou com o carro, estacionou e foi para uma boate próxima, onde permaneceu por cerca de uma hora e meia. Quando retornam, a mulher entra no carona, e o homem no lado do motorista. A vítima aborda o condutor e coloca a mão sobre o veículo. É um pedinte conhecido na região e teria pedido alguma coisa. As testemunhas não sabem o que conversaram, mas se falaram entre 50 segundos e um minuto até que, sem mais nem menos, o autor saca a arma e efetua um disparo contra o rosto da vítima”, contou Rolli. Ainda conforme ele, após ser alvejado próximo ao olho esquerdo, o morador em situação de rua caiu no colo do motorista. “A vítima é jogada ao solo e fica entre as rodas dianteira e traseira. Quando o autor sai, passa sobre o corpo”, concluiu o delegado.
Ainda de acordo com o titular da Delegacia de Homicídios, a equipe não chegou a localizar imagens de câmeras de segurança da região que possam ter flagrado o crime, mas foi possível levantar a autoria pela placa da picape usada pelo atirador. “A placa indica que o carro pertence à mulher. Chegamos a ela e, depois, a ele”, explicou o delegado, afirmando que o depoimento do casal e das testemunhas não apresentam controvérsias.
A equipe da Delegacia de Homicídios irá realizar diligências a fim de localizar a arma usada no crime. Ao delegado, o suspeito disse se tratar de um revólver calibre 32 que teria sido adquirido em uma praça pelo valor de R$ 800. O suspeito não possui antecedentes criminais, e irá responder ao inquérito em liberdade.
ietário de um bar no Bairro Bandeirantes, Zona Nordeste, confessou a prática do crime, alegando ter sido uma reação a um suposto assalto. “Ele disse que tinha saído do estabelecimento comercial dele com dinheiro e, ao ser abordado pela vítima, pedindo ajuda, ele iria ajudar dando dinheiro. Ao abrir a carteira, tinha alto volume de dinheiro por causa do salário e, segundo ele, acabou se assustando por achar que o homem iria acabar por cometer um crime de roubo contra ele, colocando a mão na cintura, e acabou por efetuar um disparo de arma de fogo. Ele confessa a autoria”, contou o delegado. O homem esteve na delegacia acompanhado de sua esposa, 60, também comerciante, que afirmou a versão apresentada pelo companheiro, com quem vive há cerca de sete anos.
Fonte: Tribuna de Minas