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Pernilongos e Aedes aegypti são motivos de preocupação da população leopoldinense

Você sabe a diferença entre o pernilongo e o mosquito da Dengue? Leia toda a matéria e confira como é um e como é outro

Na redação do Jornal Leopoldinense o telefone toca e do outro lado da linha vem  a sugestão de uma leitora para a publicação de um apelo às autoridades responsáveis no sentido de que ajam rápido no combate aos mosquitos que tanto incomodam. “Já temos que tomar cuidados em decorrência da pandemia da covid-19 e agora surge mais uma preocupação”, diz a leitora. Desde o início da temporada das chuvas aumentou o número de pessoas reclamando da infestação de pernilongos, afinal, quem já não perdeu uma noite de sono por causa das picadas e dos zumbidos dos pernilongos?

Uma pesquisa no Google nos revela que o pernilongo macho é aquele faz o zumbido no seu ouvido. As picadas que tanto queimam são dadas pelas fêmeas dos pernilongos. Vale dizer que o macho vem e te distrai para a fêmea te picar e chupar o seu sangue. Ou seja, é  um casal que incomoda. Na verdade, existem milhares de espécies de pernilongos, com hábitos bem diferentes, mas todos voam pelos ares. Mas eles têm mais em comum: todos passam uma parte da vida na água e outra no ar.

Para nutrir os ovos, que serão colocados na água, as fêmeas de algumas espécies precisam de sangue. Ao picar o homem e outros animais, elas obtêm o sangue de que necessitam. O problema é que alguns pernilongos carregam em seus corpos microrganismos causadores de doenças (malária, febre amarela e dengue, por exemplo). Ao sermos picados, podemos pegar uma dessas enfermidades.

Em temperaturas elevadas, principalmente no verão, os ovos eclodem mais rápido e isso causa um aumento na população destes insetos, incluindo o Aedes aegypti – que transmite doenças como zika, dengue, febre amarela e chikungunya – e o Culex, os mosquitos em maior número em ambiente urbano.

O vírus da dengue circula no sangue dos doentes. Se a fêmea de pernilongo pica um doente, o vírus também vai para dentro do inseto. Ao picar outra pessoa, o mosquito injeta o vírus em seu sangue e ela pode pegar a doença. O mosquito que leva o vírus da dengue de uma pessoa para outra se chama Aedes aegypti. Sem esse inseto, o vírus não é transmitido para outros indivíduos. Portanto, se diminuirmos o número de mosquitos, estaremos evitando que a dengue se espalhe.

É aí que você entra. A fêmea do Aedes aegypti, que pica durante o dia, gosta de colocar seus ovos na água acumulada em pneus, garrafas, pratos de vasos de plantas e caixas d’água destampadas. Então, mãos à obra! Mantenha o quintal limpo, sem objetos que possam servir de berçário para o pernilongo!

Você sabe a diferença entre o pernilongo e o mosquito da Dengue?

A preocupação com a dengue deve sim existir, mas é importante entender a diferença entre um pernilongo comum e o mosquito da dengue. Por fazerem parte de famílias diferentes (o mosquito da dengue é o já conhecido Aedes aegypti e o pernilongo é Culex quinquefasciatus), podemos identificar a olho nu as diferenças entre eles. As principais diferenças são:

– Cor: o pernilongo (Culex quinquefasciatus), possui tom monocromático marrom, já o Aedes aegypti possui o corpo preto com listras brancas. A coloração “zebrada” do mosquito da dengue facilita a sua identificação.

– Tamanho: o tamanho do pernilongo comum é entre 3 a 4 milímetros, enquanto o mosquito da dengue pode medir de 5 a 7 milímetros. Parece pouco, mas é praticamente o dobro do tamanho. Só de bater o olho é possível identificar essa diferença.

– Horário de alimentação: o Aedes aegypti geralmente ataca próximo do horário do almoço, entre as 9h e 13h. Enquanto isso, os pernilongos possuem hábitos noturnos, costumando procurar alimentos a partir das 18 horas.

– O barulho e a velocidade do voo: enquanto o Aedes aegypti é um mosquito silencioso e voa com muita agilidade. Já os pernilongos comuns são mais lentos e muito barulhentos.

– Marca da picada: o pernilongo comum deixa sua marca por onde ele passa com pele irritada, coceira e vermelhidão. O Aedes aegypti não deixa sinais, marcas, dor ou coceira. O mosquito da dengue pica, suga seu sangue e vai embora não deixando nenhum rastro.

Podemos dizer então que o Aedes aegypti é praticamente um ninja dos mosquitos. Silencioso, não deixa rastros e é mortal. Além de transmissão da dengue, é preciso lembrar que o Aedes aegypti é responsável também pela transmissão da febre Chikungunya, febre amarela e o Zica Vírus.

Prevenir é melhor do que remediar!

Para evitar o surgimento de pernilongos e mosquitos da dengue é necessário evitar a água parada. Tanto o Culex quanto o Aedes botam seus ovos no mesmo lugar. Em água parada. A diferença é que o Aedes prefere água limpa e tem ovos muito mais resistentes.

Mas, em nome da população o Jornal Leopoldinense faz um apelo a equipe de combate à dengue para que saiam em campo e atuem no combate ao inseto. Quem sabe o fumacê?

Fontes: Agência Fiocruz e Agência Brasil – Jornal Leopoldinense

 

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