A Polícia Civil desencadeou nesta terça-feira (26) em Muriaé, a Operação “Irmandade” para investigação de uma associação criminosa especializada em cometer fraudes na internet por meio de negociações em redes sociais.
Cinco mandados de prisão temporária e três de busca e apreensão foram cumpridos durante os trabalhos. A ação realizou a prisão do suspeito de ser o líder da associação, de 34 anos, e as duas irmãs do investigado, de 21 anos e 29 anos, suspeitas de realizarem as movimentações financeiras e a captação de vítimas.
Também foi realizada a prisão da ex-companheira do líder, de 40 anos, e de um jovem de 25 anos, suspeito de ser o responsável pela movimentação financeira, conforme a investigação.
De acordo com informações do delegado Fábio Correia do Nascimento, responsável pelas investigações, no imóvel do suspeito de ser o chefe do grupo criminoso, foi encontrado outro envolvido, um rapaz de 21 anos, natural de Belo Horizonte. O delegado informou que já havia um mandado de prisão em desfavor do jovem pela prática de roubo.
Os policiais apreenderam durante a operação, porções de crack e maconha e outros objetos destinados à venda.
Nas redes sociais
Segundo o delegado, o golpe era feito à partir do anúncio de venda de produtos em uma página na rede social. O foco eram aparelhos eletrônicos, principalmente telefones celulares e aparelhos de captação de sinal de TV fechada.
As vítimas manifestavam interesse em comprar os objetos e depositavam os valores em contas bancárias utilizadas pelo grupo. No entanto, os produtos não eram entregues e os compradores não conseguiam retomar o contato com os supostos vendedores.
Além dos falsos anúncios de venda, as apurações mostram que também foram feitas publicações de imóveis para aluguel em praias do litoral brasileiro.
O delegado afirmou que, em muitas ocasiões, o mandante do grupo, de 34 anos, utilizava as próprias contas bancárias para receber o dinheiro das vítimas.
“O mencionado golpe fez grande quantidade de vítimas na Zona da Mata mineira. Até o momento, mais de 30 Registros de Eventos de Defesa Social (REDS) foram feitos nos municípios de Juiz de Fora, Muriaé, Ubá, Viçosa, Carangola, Cataguases, Espera Feliz, entre outros”, ressaltou Fábio.
Ele ainda ressaltou que outras possíveis vítimas podem entrar em contato com a Delegacia Regional de Muriaé, por meio do telefone (32) 3722 – 2777 ou fazer denúncia por meio do serviço Disque-Denúncia (181).
Fonte: G1 Zona da Mata