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Comerciantes relatam falta de álcool em gel, e juiz-foranos já usam máscaras

Carregamentos que chegam aos estabelecimentos são insuficientes e a procura por parte dos consumidores ainda é grande

Dois dias após o primeiro caso de coronavírus ser confirmado em Juiz de Fora, o comércio já lida com a falta de um dos produtos mais procurados para higienização e o consequente combate ao vírus, o álcool em gel. A Tribuna percorreu as ruas centrais da cidade nesta segunda-feira (16) ouvindo comerciantes, que relataram a falta do produto nos últimos dias.

Nas farmácias visitadas pela Tribuna, a resposta foi unânime: o item está em falta, e a procura ainda é muito grande. De acordo com o proprietário de uma farmácia localizada próximo à Praça Dr. João Penido, Gustavo Motta, o estabelecimento recebeu um carregamento com mais de 300 unidades nesta segunda, mas, em poucas horas, todas foram vendidas. “Recebemos 144 vidros médios e 198 pequenos, e foram vendidos rapidamente.” Ainda conforme o empresário, o preço de custo do produto foi aumentando de forma gradativa ao longo das semanas. “Inicialmente ele chegava para a gente a R$ 10, e agora está chegando a R$ 19”, relata.

Na loja de cosméticos Megavale, as filas em busca do item chamaram atenção na manhã desta segunda. Segundo o subgerente da loja, Thiago Paschoalino, a informação da chegada do material circulou entre a população, o que pode ter causado a procura elevada no local. “Recebemos um carregamento de dez mil unidades no sábado. Nesta segunda, ao meio dia, todas já haviam sido vendidas. Dificilmente as pessoas levavam um só, muitas levaram caixas. Movimento parecido eu só vi na Black Friday.” Questionado sobre a reposição do produto, o comerciante informou que não há previsão.

A Tribuna também flagrou ambulantes comercializando o item. Nas barracas, os frascos pequenos de álcool em gel eram vendidos a R$ 10 nesta segunda.

Ainda no Centro, algumas pessoas foram vistas usando máscaras faciais descartáveis nesta segunda-feira. A recomendação do Ministério da Saúde é que o uso seja feito por indivíduos comprovadamente infectados, por profissionais de saúde e familiares que prestam atendimento aos indivíduos com suspeita ou confirmação de coronavírus, para evitar a propagação do vírus.

Além destes grupos, o uso também é indicado para aqueles que apresentam sintomas respiratórios, como tosse, espirros ou dificuldades em respirar, como é o caso de Vera Lúcia Dornella, de 70 anos, que usava o item na tarde desta segunda. “De uma semana para cá eu tive muita tosse, dor de garganta e não sei muito bem com quem tive contato. Na minha idade é difícil, e ainda sou fumante, então resolvi prevenir”. Ainda conforme a professora aposentada, ela buscou atendimento em uma unidade pública de saúde, mas foi liberada.

Fonte: Tribuna de Minas

 

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