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Acusado de triplo homicídio vai a julgamento ainda em novembro em Juiz de Fora

Acusado de triplo homicídio vai a julgamento ainda em novembro em Juiz de Fora

Todas as vítimas eram familiares do réu. Disputa por imóvel é apontada como causa do crime, que ocorreu no dia 7 de agosto, na Avenida Deusdedith Salgado.

O juiz Paulo Tristão, do Tribunal do Júri de Juiz de Fora, marcou para o dia 27 de novembro o julgamento do réu Marcos Ribeiro de Oliveira, de 50 anos. Ele é acusado do triplo homicídio ocorrido no dia 7 de agosto em uma área próxima a um posto de combustíveis na Avenida Deusdedith Salgado.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Geral (TJMG), a sessão vai ocorrer a partir das 12h30, no Fórum Benjamim Colucci. O réu vai responder pelo crime de triplo homicídio duplamente qualificados, por motivo torpe e sem chance de defesa das vítimas.

O G1 entrou em contato com o advogado de defesa dele, João Moreira de Oliveira, que informou que está estudando o processo e somente depois falará sobre o assunto e a marcação do julgamento.

Marcos Ribeiro é sobrinho das vítimas, uma idosa de 61 anos e um idoso de 71, que morreram no local, e a irmã da idosa, de 57 anos, que foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital Doutor Mozart Geraldo Teixeira (HPS).

No dia do crime, o homem teve o flagrante confirmado e foi encaminhado para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), onde permanece até nesta quarta-feira (6).

Investigação
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Rolli, a investigação foi dividida em três partes de apuração: o passado da família, a origem da arma e o dia do crime.

Foram confirmadas as informações iniciais de um histórico de desavença familiar envolvendo a disputa pelo imóvel onde ocorreu o crime. Segundo a apuração, eram 10 irmãos, incluindo o pai do acusado, que morreu em 2017, quando os problemas se agravaram.

“A herança falada é uma propriedade com 4 imóveis distintos, onde cada família morava, incluindo o autor. O ‘combinado’ na herança era a divisão dos 1.700 metros quadrados de terreno em dez partes, mas, para o homem, só quem morava lá que teria direito”, explicou.

Ainda conforme Rolli, houve registro de ocorrências em 2017, 2018 e 2019 de ameaça, atrito verbal e vias de fato. Em alguns deles, o preso aparece como vítima, mas na maioria, é citado como autor.

Imagem em celular mostra o acusado do crime cometido em Juiz de Fora — Foto: Amanda Andrade/G1Imagem em celular mostra o acusado do crime cometido em Juiz de Fora — Foto: Amanda Andrade/G1
Imagem em celular mostra o acusado do crime cometido em Juiz de Fora — Foto: Amanda Andrade/G1

Relembre o crime
Segundo o subtenente da Polícia Militar (PM), Eduardo Rezende, o próprio autor, de 50 anos, ligou para o 190 informando do ocorrido.

“Por volta de 11h, recebemos uma ligação do suspeito, falando que havia cometido um homicídio, no interior da residência e estaria no local aguardando a presença da Polícia Militar”, revelou.

O homem estava sentado na entrada da casa onde os corpos estavam. O subtenente explicou que os militares encontraram a idosa de 61 anos e o idoso de 71 mortos na sala. Após a perícia, os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML), no Bairro Granbery.

A mulher de 57 estava ferida e foi encaminhada por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para atendimento no HPS, onde posteriormente também veio a óbito.

O autor disse aos policiais que usou um revólver calibre 38, que estava no imóvel ao lado, onde ele mora. A arma foi apreendida. Ele recebeu voz de prisão em flagrante e foi conduzido à Delegacia de Plantão da Polícia Civil.

Fonte: G1 Zona da Mata

Adubo para Grama

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