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Universidades federais da Zona da Mata e Vertentes reagem à portaria do MEC que determina retorno presencial

As universidades federais de Juiz de Fora (UFJF), Viçosa (UFV) e de São João del Rei (UFSJ) reagiram à portaria publicada pelo Ministério da Educação (MEC) na madrugada desta quarta-feira (2). O documento determina a volta das aulas presenciais nos locais e institutos federais de ensino a partir de 4 de janeiro de 2021.

As aulas presenciais foram suspensas em março, devido à pandemia do novo coronavírus. As instituições federais da Zona da Mata e Campo das Vertentes aderiram ao ensino remoto emergencial desde o segundo semestre de 2020.

Em nota, a UFJF informou que seguindo a orientação do Comitê de Monitoramento e Orientação de Condutas sobre o Novo Coronavírus (SarsCov-2), está mantida a suspensão das atividades presenciais até 23 de março de 2021. Em relação à portaria divulgada pelo Ministério da Educação, a Universidade explicou que o Conselho Superior irá se manifestar após reunião.

Já a UFV, anunciou que a manutenção das atividades remotas ocorrerá enquanto persistirem condições epidemiológicas desfavoráveis relacionadas à Covid-19. O próximo período letivo está previsto para ocorrer ainda de forma remota com início em 1º de fevereiro de 2021.

A UFSJ afirmou em pronunciamento que “a comunidade acadêmica jamais será colocada em risco” para retornar com as atividades presenciais em meio ao crescimento de casos confirmados da doença em Minas Gerais.

A portaria foi publicada no “Diário Oficial da União” e também revoga a permissão para que as atividades on-line contem como dias letivos, o que é autorizado até dezembro de 2020.

O MEC condiciona o retorno às aulas presenciais ao cumprimento de protocolos de biossegurança e prevê uso de ferramentas de tecnologia para complementar eventuais conteúdos que foram perdidos na pandemia.

O Ministério definiu que é responsabilidade das instituições de ensino fornecer recursos para os alunos acompanharem as atividades.

UFJF

A Universidade Federal de Juiz de Fora manteve a suspensão das atividades presenciais até março de 2021 e destacou que todas as decisões tomadas até o momento pela instituição têm como base as condições epidemiológicas e como valor a preservação da saúde e da vida dos estudantes, trabalhadoras e trabalhadores.

A reitoria da UFJF informou que a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), da qual a instituição faz parte, irá emitir nota sobre o assunto na quinta-feira (3).

UFV

Universidade Federal de Viçosa — Foto: UFV/Divulgação

Universidade Federal de Viçosa — Foto: UFV/Divulgação

A Universidade Federal de Viçosa informou que, após a publicação da portaria do MEC, “continuará com muita serenidade e senso de responsabilidade, avaliando os impactos e as repercussões deste ato normativo.”

A instituição explicou que os fundamentos dessa avaliação são: a saúde, o bem-estar e a integridade de todos os membros da comunidade universitária e das populações das cidades e regiões que acolhem os campi da UFV.

A reitoria afirmou que, neste momento, prevalecem as decisões tomadas pelos Colegiados Superiores e que a manutenção das atividades remotas ocorrerá enquanto persistirem condições epidemiológicas desfavoráveis relacionadas à Covid-19.

A UFV ainda reforçou que todos os protocolos de biossegurança estabelecidos nacionalmente e pela Comissão de Biossegurança e Controle de Infecção no Serviço de Saúde (BIOCISS) da Universidade deverão também ser observados no momento de retorno das atividades presenciais.

UFSJ

Campus Tancredo Neves em São João del Rei da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ)  — Foto: UFSJ/Divulgação

Campus Tancredo Neves em São João del Rei da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) — Foto: UFSJ/Divulgação

O reitor da Universidade Federal de São João del Rei, Marcelo Pereira de Andrade, emitiu uma nota em resposta à portaria publicada pelo MEC. Ele informou que esteve reunido durante toda a manhã com o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, e afiançou que um posicionamento coletivo e definitivo em relação à determinação será tomado pela Andifes que se reúne em plenária.

Marcelo pontuou que, nesse momento, em que há um crescimento exponencial do número de infectados por Covid-19, mortes e ocupação máxima dos leitos de hospitais, é complexo se pensar na volta às atividades presenciais.

“É um momento de termos calma, de resolvermos essa questão coletiva e acertadamente. Nosso primeiro compromisso é com a preservação da vida, do bem-estar da comunidade acadêmica e da comunidade em geral”, disse o reitor em trecho da nota.

Andrade reafirmou que o posicionamento da reitoria estará em consonância com a autonomia universitária e com as deliberações dos Conselhos Superiores e da Comissão de Enfrentamento à Covid-19, que são contrários à retomada de atividades acadêmicas que coloquem em risco a saúde e a vida da comunidade universitária.

Fonte: G1 Zona da Mata

 

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