Município está incluso na última etapa do ‘Minas Consciente’, mas pode adotar medidas mais severas dentro do plano.
Com 100% da capacidade em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Covid-19 e com pacientes aguardando leitos, a Prefeitura de Ubá divulgou, na noite de sexta-feira (26), novas restrições dentro da Onda Roxa do “Minas Consciente”. (Veja abaixo quais são elas). As novas medidas passam a valer a partir de segunda-feira (29) até 4 de abril.
No dia 16 de março, o G1 mostrou que a cidade teve que aderir a última etapa do programa estadual após determinação da Governo de Minas.
Ainda conforme o Estado, a Onda Roxa tem caráter impositivo, no entanto, as cidades podem incluir outras práticas ainda mais restritivas, como ocorreu em Ubá.
Novas restrições
De acordo com a Prefeitura, as indústrias não integrantes da cadeia alimentícia não podem funcionar durante o período. Além disso, estão suspensos os cultos, celebrações e atividades presenciais em igrejas e tempos.
A partir de segunda, o comércio e o setor de serviços devem atender somente por delivery e com portas fechadas e sem a retirada no balcão. Ainda ficou definido a suspensão dos atendimentos eletivos não essenciais nos consultórios e clínicas particulares.
Já no dias 2 (Sexta-feira da Paixão) e 4 de abril (Páscoa), o comércio de produtos alimentícios, inclusive supermercados, minimercados, hortifrutigranjeiros, açougues, peixarias e padarias não podem funcionar.
O decreto também suspende todos os eventos públicos ou privados, de qualquer natureza, inclusive aqueles com alvará já emitidos.
Sem leitos de Covid-19
Segundo o Boletim Municipal de sexta, Ubá tem 100% de ocupação em UTI Covid e em leitos clínicos, sendo que sete pessoas aguardam vaga. Conforme a Administração, “o município também enfrenta o risco de falta de insumos para o tratamento intensivo de pacientes agravados pela doença”.
Para estabelecer medidas conjuntas de prevenção e combate ao coronavírus, a Prefeitura e membros do Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid se reuniram com representantes da sociedade e da Polícia Militar (PM), Corpo de Bombeiros e do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e com prefeitos da região.
Durante um pronunciamento realizado na sexta, o prefeito de Ubá, Edson Teixeira Filho (DEM), destacou o agravamento da crise sanitária na cidade e a necessidade da adoção de medidas mais restritivas para o enfrentamento à Covid-19.
“O município de Ubá vive uma situação muito difícil do ponto de vista da saúde. Mesmo com a ampliação de leitos clínicos e de UTI, o Hospital Santa Isabel, que é referência regional no tratamento da Covid-19, tem registrado taxas de 100% de ocupação de leitos e pacientes na fila, aguardando internação”, explicou.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/3/o/zVG5UASyK0Go124ZtzYA/whatsapp-image-2021-03-27-at-10.11.12.jpeg)
Boletim de Ocupação de Leitos de Ubá da sexta-feira (26) — Foto: Prefeitura/Divulgação
Desde o início da pandemia, Ubá tem 8.270 casos confirmados do novo coronavírus e 139 óbitos da doença.
Onda Roxa
Serviços considerados essenciais pelo “Minas Consciente” na Onda Roxa:
- setor de Saúde, incluindo unidades hospitalares e de atendimento e consultórios;
- indústria, logística de montagem e de distribuição, e comércio de fármacos, farmácias, drogarias, óticas, materiais clínicos e hospitalares;
- hipermercados, supermercados, mercados, açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros, padarias, quitandas, centros de abastecimento de alimentos, lojas de conveniência, lanchonetes, de água mineral e de alimentos para animais;
- produção, distribuição e comercialização de combustíveis e derivados;
- distribuidoras de gás;
- oficinas mecânicas, borracharias, autopeças, concessionárias e revendedoras de veículos automotores de qualquer natureza, inclusive as de máquinas agrícolas e afins;
- restaurantes em pontos ou postos de paradas nas rodovias;
- agências bancárias e similares;
- cadeia industrial de alimentos;
- agrossilvipastoris e agroindustriais;
- telecomunicação, internet, imprensa, tecnologia da informação e processamento de dados, tais como gestão, desenvolvimento, suporte e manutenção de hardware, software, hospedagem e conectividade;
- construção civil;
- setores industriais, desde que relacionados à cadeia produtiva de serviços e produtos essenciais;
- lavanderias;
- assistência veterinária e pet shops;
- transporte e entrega de cargas em geral;
- call center;
- locação de veículos de qualquer natureza, inclusive a de máquinas agrícolas e afins;
- assistência técnica em máquinas, equipamentos, instalações, edificações e atividades correlatas, tais como a de eletricista e bombeiro hidráulico;
- controle de pragas e de desinfecção de ambientes;
- atendimento e atuação em emergências ambientais;
- comércio atacadista e varejista de insumos para confecção de equipamentos de proteção individual – EPI e clínico-hospitalares, tais como tecidos, artefatos de tecidos e aviamento;
- representação judicial e extrajudicial, assessoria e consultoria jurídicas;
- serviços relacionados à contabilidade;
- serviços domésticos e de cuidadores e terapeutas;
- hotelaria, hospedagem, pousadas, motéis e congêneres para uso de trabalhadores de serviços essenciais, como residência ou local para isolamento em caso de suspeita ou confirmação de covid-19;
- atividades de ensino presencial referentes ao último período ou semestre dos cursos da área de saúde;
- transporte privado individual de passageiros, solicitado por aplicativos ou outras plataformas de comunicação em rede.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/m/E/CeoyjuQoAI4BouKzWaag/content-onda-roxa.png)
Medidas da Onda Roxa — Foto: Governo de MG/Divulgação
Fonte: G1 Zona da Mata