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Quatro suspeitos de crimes contra a mulher são presos em Juiz de Fora

Em Juiz de Fora, foram apuradas dez denúncias, com atendimento a 38 vítimas

 

Foram apresentados, nesta segunda-feira, os resultados da Operação Resguardo, desencadeada pela Polícia Civil entre os dias 1º de janeiro e 8 de março. O objetivo era dar cumprimento a mandados de prisão, de busca e apreensão e a medidas protetivas de urgência.

Nas delegacias do 4º Departamento de Juiz de Fora, que abrange as regionais de Juiz de Fora, Ubá, Leopoldina, Muriaé e Viçosa, quatro pessoas foram presas e cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Também foram apuradas dez denúncias, com atendimento a 38 vítimas.

Ao todo, foram solicitadas e expedidas 37 medidas protetivas e realizadas 20 visitas, entre elas, aquelas consideradas tranquilizadoras, de acompanhamento preventivo, para a promoção de suporte e acolhimento de mulheres em situação de violência doméstica e familiar. A Polícia Civil, por meio do chefe do 4º Departamento em Juiz de Fora, o delegado-geral Gustavo Adélio Lara Ferreira, confirmou as informações e ainda acrescentou que 36 inquéritos policiais foram instaurados para apurar os crimes.

Em Juiz de Fora, nesta segunda-feira, foi realizada uma ação nas regiões Nordeste e Central, com o objetivo de cumprir dois mandados de prisão referentes ao descumprimento de medida protetiva e à condenação por estupro de vulnerável. Não foi possível localizar os suspeitos durante a abordagem, no entanto, a Polícia Civil destacou que as investigações continuam.

Na Zona Sudeste, foi cumprido mandado de busca e apreensão de um homem suspeito de agredir e de ameaçar a esposa com arma de fogo. No local, policiais civis da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher apreenderam um simulacro de revólver calibre 38.

Na área de atuação da 2ª Delegacia Regional de Ubá, também durante esta segunda-feira, foram realizadas visitas tranquilizadoras. No âmbito da 4ª Delegacia Regional em Muriaé, três prisões foram realizadas, entre elas, duas em cumprimento de mandados de prisão preventiva por crimes relacionados à Lei Maria da Penha.

Houve também o cumprimento de outra prisão preventiva na cidade de Teresópolis, na qual um homem foi detido em flagrante pela prática de crime contra a mulher e foi liberado após pagar fiança. No entanto, logo depois, o suspeito teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Na mesma área, também ocorreram visitas de fiscalização do cumprimento de medidas protetivas. Na 5ª Delegacia de Viçosa, havia diligências em andamento, para o cumprimento de dois mandados de prisão.

 

Ciclo de violência

Durante a coletiva, a Polícia Civil informou que foram feitas 814 prisões em Minas Gerais durante a operação. Desse total, em 281 casos havia mandado de prisão expedido. De acordo com as delegadas Carolina Dechelany, que é chefe do Departamento de Investigação, Orientação e Proteção à Família, e Isabela Franca de Oliveira, chefe da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher de Belo Horizonte, além do delegado Álvaro Homero Huertas, coordenador de Operações da PCMG, os crimes contra as mulheres mais cometidos são: ameaça e lesão corporal.

Chamaram a atenção dos delegados dois casos de descumprimento de medidas protetivas que aconteceram em Sabará, em que os autores foram presos em flagrante. Segundo eles, isso mostra que a medida preventiva é eficaz, embora sua efetividade seja muito questionada.

De acordo com a delegada Isabela Franca de Oliveira, o maior desafio, em Minas Gerais, continua sendo quebrar o ciclo de violência vivenciado pelas mulheres. “Envolve a relação afetiva com o companheiro, ou namorado, e até mesmo com o pai, irmão e tio. Existem vínculos e, muitas vezes, uma dependência que pode ser emocional ou financeira.” Segundo ela, o que dificulta o trabalho é conseguir fortalecer a mulher e quebrar esse vínculo com o agressor.

 

Fonte: Tribuna de Minas

 

 

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