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Prefeito alerta para aumento no número de casos de Covid-19 em Juiz de Fora e pede que população fique em casa

Em coletiva transmitida pelas redes sociais nesta terça-feira (17), o prefeito Antônio Almas (PSDB) alertou sobre o aumento do número de casos confirmados, internações e mortes pela Covid-19 em Juiz de Fora neste mês de novembro.

O chefe do Executivo atribuiu este crescimento ao descumprimento das medidas de prevenção ao coronavírus, como uso de máscaras, realização de eventos clandestinos e aglomerações nas ruas. Por causa deste cenário, a cidade regrediu para a Onda Amarela do programa Minas Consciente.

De acordo com os dados da Secretaria Municipal de Saúde, a cidade registrou, na semana do dia 9 a 15 de novembro, o segundo maior número de casos confirmados em sete dias desde o início da pandemia: foram mais de 590 novas confirmações. Na segunda-feira (16), o município registrou cinco óbitos e chegou à marca de 280 vítimas da Covid-19.

O prefeito lembrou que apenas na última semana de junho foram registrados tantos casos na cidade. Entre 28 de junho e 4 de julho, houve um pico da doença e mais de 620 casos foram confirmados.

Almas avaliou que este novo cenário não significa que estamos entrando em uma segunda onda de contaminação da doença, como está ocorrendo em países da Europa. O chefe do Executivo pontuou que não saímos da primeira onda em nenhum momento e o que vinha ocorrendo era a redução no número de confirmações semanais e que, agora, voltamos a registrar o crescimento da curva da doença.

“Não podemos dizer aqui que enfrentamos uma segunda onda. Estamos enfrentando um agravamento nos números. Nós precisamos ter essa clareza, nossos números estão em ascensão”.

Ele voltou a pedir para que a população fique em casa e saia apenas quando houver necessidade. Almas também criticou a realização dos comícios presenciais durante a campanha política no 1º turno das eleições e pediu para que os candidatos levem o debate político para o espaço das redes sociais neste 2º turno.

Queda no isolamento social

Entre os meses de março e abril, Juiz de Fora registrou uma média de 60% de isolamento social. Em novembro, este número caiu para cerca de 40%, segundo a Prefeitura. Além disto, aumentou o número de pessoas que pararam de usar máscaras, estabelecimentos que descumpriram protocolos e eventos clandestinos.

O prefeito explicou que estes eventos estão sendo criados nas redes sociais sem informação de endereço e horário. Horas antes da festa clandestina ocorrer, os participantes recebem mensagens em aplicativos informando o local onde será realizado.

Almas afirmou que o núcleo de inteligência da Guarda Municipal e a Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaur) estão trabalhando juntos para impedir que estas festas aconteçam e estão autuando os organizadores e proprietários dos espaços.

Hospitais

Antônio Almas afirmou que este mês também vem registrando aumento no número de internações em UTI e enfermarias por Covid-19 na rede privada. Ele atribui este cenário a um perfil de maior contaminação entre as classes média e média alta da cidade.

Ele avaliou que, em caso de superlotação na rede privada, a situação reflete e amplia um possível colapso na rede pública de saúde, por causa do princípio de universalidade do Sistema Único de Saúde (SUS).

Sobre os leitos da rede pública, que atualmente conta com 175 Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), Almas afirmou que a Prefeitura trabalha com todos os esforços para aumentar o número de leitos pelo SUS, inclusive de enfermarias e que ninguém com coronavírus deixou de ser atendido na rede pública por falta de leito.

Entretanto, ele considerou que a criação de novas unidades por si só não garante que o número de infectados pela doença diminua e que isto só irá ocorrer se a população voltar a respeitar as medidas de distanciamento social.

Fonte: G1 Zona da Mata

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