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Mulheres denunciam abuso sexual de psicólogo em Juiz de Fora

Pelo menos quatro mulheres denunciaram um psicólogo, de nome não revelado, em Juiz de Fora por abuso sexual. O caso foi mostrado nesta terça-feira (20) durante o MG2 e registrado pela Polícia Civil que apura a situação. Apesar disso, a advogada delas reclama da demora da investigação, que foi iniciada no ano passado.

Em entrevista à TV Integração, uma das jovens, que atualmente tem 22 anos e fazia terapia com o psicólogo, contou que os abusos começaram ainda quando ela era criança e que o suspeito era amigo dos pais dela.

“Ele fazia acupuntura e umas massagens, então, às vezes quando eu tava muito nervosa ou tinha alguma dor ele sugeria da gente fazer essas massagens e ele me tocava, ele sugeria algumas dinâmicas de desinibição, assim, falando que seria bom pra mim. E, nessas dinâmicas, ele encaminhava sempre pra um lado meio sexual assim mesmo. E nunca dessas massagens, na verdade uma acupuntura, eu acho, foi quando ele começou a tomar iniciativa realmente sexual. Eu me senti desconfortável, questionei aquilo pra ele e ele usava assim até do próprio conhecimento dele sobre mim, pra manipular e falar que aquilo seria bom por causa disso e disso”, contou.

Aos 18 anos, quando começou terapia com outro profissional, a jovem teve coragem para contar para os pais a situação e depois procurou outras pessoas que teriam sido atendidas pelo suspeito.

“[…] Entrei em contato com algumas pessoas que eu sabia que tinham sido atendidas por ele e que eu tinha e conhecia um pouco. Contei a minha história e os feedbacks que tive foram horríveis, mas me deu mais força pra fazer isso”.

Outra mulher, de 33 anos, que também denunciou o psicólogo, contou que ele era colega de trabalho dela. A situação ocorreu quando ela tinha 18 anos e passou mal em uma festa.

“Eles me deitaram no banco de trás desse carro. O abusador estava de um lado e minha mãe tava de outro. Ele colocou a mão por debaixo da minha calça e eu tava desacordada, mas eu consigo me lembrar o que aconteceu. Eu me sentia muito incomodada, mas eu não conseguia ter reação”, relatou ao MG2.

A mulher também contou que ela decidiu denunciar após ter ouvido outros casos. “É muito difícil falar sobre isso depois de muito tempo porque muitas vezes a gente coloca uma pedra nessa memória até pra conseguir sobreviver depois de um abuso”.

Demora na investigação

De acordo com a advogada das mulheres, Gabriela Rigueira, a investigação foi aberta no ano passado e o suspeito ainda não foi ouvido após nove meses de processo.

“A gente identificou que apenas as testemunhas e as outras vítimas haviam sido ouvidas. Neste caso, em particular, a gente tem provas apenas testemunhal. Já era para ter ocorrido a oitiva do suspeito”, revelou a advogada.

A profissional também ponderou que “como se trata de profissional que ainda pode estar em exercício produzindo novas vítimas é um pouco preocupante. É uma pena não ter ouvido até o presente momento”, finalizou Gabriela.

O que diz a Polícia Civil

Em nota ao MG2, o delegado Regional da Polícia Civil, Armando Avólio Neto, informou que a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) é a que tem maior número de servidores, “prestando excelente serviço a população”.

Fonte: G1 Zona da Mata

 

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