Órgão estadual acredita que os suspeitos teriam desviado cerca de R$ 150 mil da verba pública; quantia teria sido destinada à compra de máscaras em um contexto simulado
Uma operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) garantiu o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão, além das prisões temporárias de dois suspeitos ligados a um esquema que teria desviado cerca de R$ 150 mil do poder público – quantia seria usada no combate à pandemia do novo coronavírus. As ações decorrentes da investigação aconteceram nessa quinta-feira (22) em endereços de Juiz de Fora, Piraúba e Guiricema, municípios na Zona da Mata de Minas Gerais.
Acredita-se que os suspeitos também tenham praticado crimes de corrupção, peculato, fraude à licitação e associação criminosa. Informações coletadas no decorrer da apuração indicam que o grupo, aproveitando-se do pânico na Saúde relacionado à Covid-19, teria adquirido máscaras em um contexto simulado com sérios indícios de desvio superior a R$ 150 mil.
Nomeada “Persona”, a operação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público. Participaram também a Polícia Civil e a Polícia Militar. Além de terem recolhido aparelhos celulares, computadores e documentos, os agentes também encontraram e apreenderam R$ 43.500 na residência de um dos suspeitos. Apesar da ação de cumprimento de mandados ter se encerrado, as investigações seguem, e, agora, também apura-se a participação de terceiros nos crimes cometidos contra o poder público.
Questionada, a Prefeitura Municipal de Juiz de Fora declarou que os mandados de busca e apreensão não tiveram como alvos órgãos ou servidores da administração, como também não houve buscas em prédios pertencentes ao município. As prefeituras de Piraúba e Guiricema não retornam o pedido de posicionamento encaminhado pela reportagem de O TEMPO na manhã desta sexta-feira (23).
Fonte: O Tempo
