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Início de aulas remotas na UFJF pode ser definido na segunda-feira

Consu vai se reunir para analisar proposta da Comissão Especial sobre Ensino Remoto Emergencial; outras instituições da região já se prepararam

 

A data para a implantação das aulas remotas da graduação na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) poderá ser definida na próxima segunda-feira (10). Na ocasião, o Conselho Superior (Consu) se reunirá para analisar a proposta formulada pela Comissão Especial sobre Ensino Remoto Emergencial, conforme informou a instituição à Tribuna. O calendário acadêmico do ano letivo de 2020 e atividades presenciais da Universidade estão suspensas desde março, devido à pandemia do coronavírus. Em outras instituições da região, no entanto, as datas para início da modalidade já foram definidas.

Segundo a UFJF, desde maio, a Administração Superior da UFJF tem realizado planejamentos com o objetivo de garantir o retorno. Para isso, foram criadas seis comissões para discutir a retomada das atividades acadêmicas, direcionadas ao ensino superior, ao ensino básico, à tecnologia e infraestrutura, à inclusão do segmento estudantil, à infraestrutura e saúde e a condições de trabalho, que visavam à elaboração de uma proposta sobre o ensino remoto.

Outras medidas de caráter emergencial já foram aprovadas pelo Consu, entre elas a autorização para funcionamento remoto da pós-graduação e a continuidade dos trabalhos de conclusão de curso e dos programas e projetos de extensão.

Ações de apoio social e inclusão digital

Em junho, a UFJF realizou diagnóstico das condições de acesso digital entre estudantes, docentes e técnico-administrativos em educação (TAEs). Conforme a Universidade, foram consideradas mais de 18 mil respostas na análise. O intuito da pesquisa foi levantar dados para se conhecer e debater sobre as possibilidades de implementação ou não de atividades a distância.

Na última quarta, o Consu aprovou a Resolução 32/2020 que estabelece normas para o desenvolvimento de ações de apoio social e inclusão digital na UFJF no contexto de suspensão das atividades presenciais em decorrência da pandemia. A deliberação garante a manutenção de todas as bolsas e auxílios aos estudantes de graduação que possuam avaliação socioeconômica realizada pela Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Proae), e aos alunos da educação básica, avaliados pelo Núcleo de Apoio Escolar do Colégio de Aplicação João XXIII. Também concede a oportunidade para que novos discentes tenham acesso aos programas de bolsas e auxílios por meio dos editais de fluxo contínuo.

O documento também aponta a criação de um auxílio de inclusão digital, no valor de R$ 120 mensais para estudantes da educação básica, da graduação e da pós-graduação stricto sensu. O benefício será destinado àqueles que possuem renda per capita de até um salário mínimo e meio e que estejam devidamente matriculados. A proposta visa a viabilizar a contratação de serviços que permitam o acesso à internet por meio de rede fixa ou de pacote de dados.

Ampliação de bolsas e empréstimo de equipamentos

A resolução também institui uma política de empréstimo de computadores aos estudantes socioeconomicamente vulneráveis. Aponta, ainda, a criação de um auxílio emergencial temporário, mensal, no valor de R$ 200, aos alunos que participam do sistema de bolsas e auxílios da Proae e do Núcleo de Apoio Escolar do Colégio de Aplicação João XXIII.

De acordo com o pró-reitor de Assistência Estudantil, Marcos Freitas, os recursos para a viabilização dessas propostas possuem duas fontes centrais. “A primeira delas vem do Restaurante Universitário, por conta da diminuição das refeições oferecidas. Com isso, houve uma redução de gastos da Universidade e, atualmente, essa é a nossa principal fonte de renda. Já a segunda é em decorrência da não possibilidade de continuarmos pagando o auxílio-transporte, visto que as atividades presenciais foram suspensas. Além dessas, também há o restante de uma pequena quantia das bolsas (modalidade) Pnaes, que somado com o recurso vindo do RU, vai nos permitir bancar as ações da resolução.”


UFV e UFSJ já têm prazos definidos

A Universidade Federal de Viçosa, em reunião do Conselho de Ensino em Pesquisa e Extensão (Cepe), no fim de julho, aprovou o início do período especial remoto para o próximo dia 31. De acordo com a instituição, as aulas remotas irão contemplar disciplinas de cursos dos três campi da universidade e se estenderão até 15 de dezembro. A UFV prevê que os exames finais sejam aplicados entre 17 e 19 do mesmo mês.

Na reunião do Cepe, também foi aprovado o retorno do ano letivo, na mesma modalidade, do ensino médio do Colégio de Aplicação (Cap-Coluni), que ocorrerá no dia 17 de agosto. No campus UFV-Florestal, o ensino médio retomou, à distância, as atividades letivas em junho, e a pós-graduação, em 3 de agosto. Já o ensino técnico retornará nesta segunda-feira (10).

Já a Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) informou, na última terça-feira (4), que as aulas remotas emergenciais dos cursos de graduação terão início em setembro. Conforme resolução aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Conep), que regulamenta o ensino remoto emergencial para os cursos de graduação da UFSJ durante a pandemia, o ensino remoto terá dois períodos emergenciais, de 12 semanas cada. O primeiro terá início em 14 de setembro e terminará em 5 de dezembro. O segundo período foi agendado para o intervalo entre 25 de janeiro e 17 de abril de 2021. A instituição prevê o pagamento de bolsa auxílio à inclusão digital.

A instituição informou que será garantida ao discente matriculado no 1º semestre letivo de 2020 a condição de aluno regularizado enquanto durar o período de suspensão do calendário acadêmico da UFSJ. O início do período emergencial será precedido da etapa de qualificação de servidores e alunos.

 

Fonte: Tribuna de Minas

 

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