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Governo diz que número de leitos de UTI quase dobrou no estado

Com a ampliação, Minas conta com quase quatro mil equipamentos; SES pede que população mantenha prevenção

 

Em entrevista coletiva virtual realizada na tarde desta quarta-feira (8), o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, analisou o aumento de casos de Covid-19 em Minas Gerais e afirmou que, desde o início da pandemia, o Governo de Minas já quase dobrou o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em todo o estado. “Nós temos leitos UTI (vagos) no estado de uma forma geral. Vários dos respiradores adquirimos já foram distribuídos, e outros estão chegando. Nós teremos um aumento da capacidade de UTI no estado de Minas Gerais em torno de 100%, ou seja, de dois mil leitos, passaremos a ter quase quatro mil equipamentos”, destacou o titular da SES. Apesar disso, Amaral solicitou à população que se mantenha “firme” nas orientações de isolamento e distanciamento social, além das medidas profiláticas em relação à prevenção do coronavírus. “Somente desta forma iremos evitar a sobrecarga do sistema de saúde do Estado.”

Conforme o secretário, na última semana, a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) fez uma atualização dos dados relacionados à taxa de ocupação de leitos e modificou a metodologia de acompanhamento desses equipamentos em todo o estado. Segundo Amaral, antes dessa atualização, a plataforma de gerenciamento de leitos, a SUS Fácil, não conseguia acompanhar de forma efetiva quais equipamentos de cuidados intensivos, por exemplo, estavam sendo desocupados. “Em muitos casos, nós tínhamos uma autorização de internação aberta, o paciente era internado em leito UTI, permanecia internado por alguns dias e, depois, era transferido para leito de enfermaria, mas isso não era mudado no sistema. Portanto, acompanhando a autorização de internação pelo sistema, a gente não conseguia perceber (a real taxa de ocupação)”, explicou Amaral.

A mudança de metodologia no acompanhamento das taxas de ocupação de leitos em Minas Gerais, de acordo com Amaral, é o que justifica perceptível diminuição na taxa de ocupação de leitos no estado. “Nós identificamos um pouco mais de leitos vagos, mas no geral temos uma flutuação, o que não caracteriza melhora ou redução de ocupação de leitos no estado ainda”. Apesar disso, o titular da pasta estadual, avalia que o novo modelo de acompanhamento tem trazido maior segurança para a SES. “Conseguimos acompanhar os leitos efetivamente vagos no estado. Nosso escritório de gestão de leitos tem uma postura ativa e, quando identificamos que qualquer estrutura hospitalar está com uma taxa ocupação acima de 90%, nós entramos em contato com a unidade para checar, e a nossa taxa de coincidência está alta. Isso mostra qualidade dos dados.”

Saúde Digital MG já tem mais de 16 mil usuários

Na ocasião, Carlos Eduardo Amaral estimulou que “qualquer cidadão que tenha quadro gripal ou suspeite que possa estar com a Covid-19”, que faça uso do aplicativo de telemedicina do Estado, o Saúde Digital MG. A plataforma está disponível para aparelhos Android e IOS e oferece teleconsulta à população. Segundo dados estaduais, já foram realizados 41 mil downloads do aplicativo, e cerca de 16 mil pessoas já o utilizaram efetivamente desde o lançamento, no início de maio.

Apesar disso, Amaral informou que a capacidade de atendimento virtual do Estado “é bem maior que isso”. Segundo o secretário, médicos, enfermeiros e demais profissionais da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) estão disponíveis para atendimento e orientação de pacientes.

Protocolos esportivos deverão estar alinhados às normas estaduais

Questionado a respeito de uma possível interferência do Estado no retorno do módulo I do Campeonato Mineiro no próximo dia 26, Carlos Eduardo Amaral informou que a SES não avalia protocolos externos, mas que, apesar disso, elaborou protocolo sanitário para possível retorno de atividades esportivas. “O que estamos direcionando é um protocolo para atividades esportivas que tenham competição, para que possam manter atletas isolados. Se as atividades esportivas seguirem esse protocolo da saúde, nós entendemos que haverá maior controle sanitário”. De acordo com o secretário, o protocolo é para atividades esportivas no geral. Portanto, cada modalidade deverá “obrigatoriamente estar alinhada ao protocolo de atividades esportivas que a Secretaria de Estado de Saúde realizou.”

 

 

Fonte: Tribuna de Minas

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