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Delegado alerta população de Leopoldina e região para golpes aplicados através da internet

Golpes aplicados por estelionatários através da internet são cada vez mais frequentes e é preciso toda atenção para não se tornar vítima. O alerta é do Delegado de Polícia da 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Leopoldina, Dr. Rafael Sporck da Costa.

Em entrevista concedida ao Jornal O Vigilante Online, o delegado informou que um dos golpes recorrentes é o que tem sido chamado de “golpe do intermediário”.

Conforme explicou Rafael Sporck, esse tipo de golpe ocorre quando estelionatários clonam anúncios, por exemplo, de venda de veículos em um sites de vendas e fazem a intermediação entre o vendedor e o comprador, neste caso, enganando os dois.

“Uma pessoa divulga a venda de um veículo em sites de vendas. O estelionatário entra em contato com essa pessoa, fala que vai adquirir o carro dela e pede para tirar o anúncio. Nesse meio tempo, ele vai e anuncia aquele veículo de novo, com o contato dele, e geralmente com um preço muito abaixo do mercado. Aí ele consegue um comprador”, relatou o delegado, acrescentando que a pessoa interessada entra em contato com o estelionatário.

O delegado esclareceu que neste golpe o estelionatário se passa como dono do veículo, faz uma intermediação entre os dois – vendedor e comprador – e ambos acabam enganados.

“O comprador deposita o dinheiro numa conta informada pelo estelionatário, que geralmente orienta o vendedor a autorizar, inventa uma história qualquer e fala que vai depositar o dinheiro depois na conta dele. Ele ‘amarra’ a história para que as pessoas sejam enganadas. A pessoa deposita o dinheiro na conta do estelionatário, que falsifica um comprovante de depósito e manda para o vendedor”, detalhou o delegado.

Sporck menciona mais um golpe conhecido, o do falso sequestro, e além desse, um fato que tem acontecido de maneira recorrente, a invasão de aplicativos de WhatsApp. “Uma pessoa, que neste caso é a vítima, faz um anúncio de venda de um veículo em um desses sites de vendas eventuais. O anúncio é visto pelo golpista, que então liga para aquela pessoa e se passa como atendente do site de vendas pedindo para confirmar alguns dados para verificar se o anúncio é verdadeiro. E pergunta qual a marca, modelo, quilometragem e ano do veículo, etc.”, exemplifica Rafael Sporck.

Segundo ele, a pessoa vai informando, confirmando, e o golpista fala que vai enviar um número de protocolo gerado por aquele atendimento. O criminoso também pede para que a vítima confirme pra ele esse número. “Aí é que está o golpe”, observa o delegado.

“O golpista manda para o celular da vítima, via SMS, uma requisição, que é um número de 6 dígitos. Na verdade trata-se de um número que vai dar acesso ao WhatsApp da vítima. A partir daí o criminoso toma posse desse WhatsApp, sem que a vítima saiba. Ele então passa a ter acesso à lista de todos os contatos da vítima no WhatsApp, e começa a pedir dinheiro ao seu irmão, sua mãe, sua filha, seus amigos. A maioria não cai no golpe, mas 5% a 10% caem. Em Leopoldina já foram observados vários desses golpes”, declarou o Dr. Rafael.

RECOMENDAÇÕES

O delegado da 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil considera primordial que as pessoas que forem anunciar em algum site de compra e venda, não forneçam informações como CPF, conta bancária, e-mail, link ou qualquer outro dado, porque estes sites não ligam nem entram em contato com os internautas.

Ao receber esse tipo de mensagem de amigos ou parentes solicitando dinheiro, ligue para o contato através de uma chamada de voz ou até mesmo chamada de vídeo. Tenha certeza que aquela mensagem foi realmente enviada pelo amigo ou parente que está em sua lista de contatos. “Converse com a pessoa através de chamada de voz ou vídeo para confirmar ou não a veracidade do pedido de dinheiro”, orientou.

Para o delegado, a primeira coisa que a vítima de um golpe deve fazer é procurar a polícia, registrar uma ocorrência policial e apresentar todas as informações possíveis (o número de conta bancária na qual o dinheiro foi depositado, o número do telefone que falou com o golpista, etc.). “Isso tudo tem que ser rápido. Se a pessoa realizou uma transferência e achou que é um fato indevido, pode procurar a própria agência bancária e tentar estornar esse depósito”, acrescentou Rafael Sporck.

Outra precaução: Vai comprar um bem de valor mais caro? Procure saber qual a atividade da pessoa que está vendendo; busque por ela na internet, faça pesquisa.

De acordo com o delegado, o autor desse tipo de golpe incorre no crime de estelionato, que é o artigo 171 do Código Penal. “É importante que a vítima compareça na delegacia de polícia para formalizar, representar criminalmente, para que a investigação prossiga”, destacou.

Finalizando a entrevista, o delegado Rafael Sporck da Costa disse que nos últimos meses aumentou exponencialmente o número de golpes como o do WhatsApp. “As pessoas neste período estão mais vinculadas às redes sociais, estão em casa. O estelionatário age na boa fé e na fragilidade das pessoas, que precisam de dinheiro ou querem uma oportunidade”, avaliou.

“Quando você encontrar uma situação fácil demais, algo muito abaixo do valor de mercado, sempre desconfie, principalmente quando você está lidando com pessoas que você não conhece. Hoje em dia nós estamos muito vulneráveis através dos telefones celulares e da internet”, considera Sporck.

Uma dica importante apresentada pelo delegado é a verificação em duas etapas do WhatsApp, que todo cidadão pode fazer para se resguardar. “É um mecanismo que o WhatsApp proporciona, um procedimento simples que vai evitar que esse tipo de golpe aconteça, porque quando o estelionatário tentar ter acesso ao seu celular, o mecanismo que ele estiver acessando, seja computador ou celular vai pedir essa senha, que só o próprio dono do WhatsApp vai ter e que não pode ser fornecida pra mais ninguém”, afirmou.

Quando alguém lhe pedir dinheiro por WhatsApp, ligue para aquele amigo ou parente que lhe está solicitando e verifique se é, de fato, a pessoa que está pedindo. Se for um golpe ela vai saber.

Em todas estas situações abordadas na matéria a orientação é entrar em contato com a Delegacia de Polícia Civil local ou com a Polícia Militar, através do 190.

Fonte: O Vigilante Online

 

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