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Carangola e Orizânia decretam estado de calamidade pública; veja os trabalhos após as chuvas que atingiram a Zona da Mata

Carangola e Orizânia decretam estado de calamidade pública; veja os trabalhos após as chuvas que atingiram a Zona da Mata

As fortes chuvas que atingiram diversas cidades na Zona da Mata mineira desde sexta-feira (24) causaram enchentes, alagamentos, desabamentos, deslizamentos de terra e inúmeros estragos que ainda estão sendo contabilizados pela Defesa Civil de cada município.

Nesta segunda-feira (27), 12 cidades permanecem em situação de emergência (veja abaixo). Os municípios de Carangola e Orizânia decretaram no domingo (26) estado de calamidade pública.

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) assinou na edição do Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira a medida que libera R$ 90 milhões para as ações de socorro, assistência e reconstrução de estruturas públicas danificadas em todo o país por consequência das chuvas.

Entretanto, cabe aos municípios afetados acionarem o Governo de Minas Gerais para solicitar o repasse do Governo Federal. Até a manhã desta segunda-feira, os levantamentos ainda estão sendo realizados nas cidades.

A Defesa Civil Nacional reconheceu as seguintes cidades da Zona da Mata como afetadas e aptas a receber a verba de emergência:

  1. Cataguases
  2. Carangola – um óbito confirmado pelo Corpo de Bombeiros; município decretou estado de calamidade pública
  3. Divino – um óbito confirmado pela Defesa Civil
  4. Dores do Turvo
  5. Ervália
  6. Espera Feliz
  7. Guidoval
  8. Muriaé
  9. Orizânia – município decretou estado de calamidade pública
  10. Patrocínio de Muriaé
  11. Senador Firmino
  12. Tocantins – um óbito confirmado pela Defesa Civil
  13. Ubá
  14. Visconde do Rio Branco.

Mortes

Rio Carangola transbordou e deixou a maior parte da cidade de Porciúncula submersa — Foto: Ascom Prefeitura de Porciúncula/Divugação

Rio Carangola transbordou e deixou a maior parte da cidade de Porciúncula submersa — Foto: Ascom Prefeitura de Porciúncula/Divugação

Em Tocantins, o Corpo de Bombeiros registrou um óbito em decorrência das inundações. Na manhã deste sábado (25), um jovem de 27 anos foi encontrado morto em uma região assolada por alagamentos, de aproximadamente um metro de altura.

Em Divino, o G1 conversou com a Defesa Civil, que informou que a chuva que atingiu a noite de sexta-feira (24) causou inundações na zona rural e no Centro do município.

Um idoso de 76 anos morreu. Segundo o órgão, a vítima era moradora da comunidade São Pedro de Cima, onde a água de uma represa passou por cima do vazante e apresentou risco de rompimento.

A assessoria da Defesa Civil não soube informar se o indivíduo foi a óbito por conta de afogamento ou soterrado, já que foi registrada inundação na residência dele e queda de pedras no local.

Em Carangola, na noite de sábado, os bombeiros registraram o óbito de um indivíduo do sexo masculino, que não teve a idade informada. Segundo os militares, ele tentou atravessar a correnteza durante a enchente e acabou eletrocutado.

Desalojados e desabrigados

Moradora de Vila Minalda, em Cataguases, está desalojada — Foto: Renata Miranda/G1

Moradora de Vila Minalda, em Cataguases, está desalojada — Foto: Renata Miranda/G1

Em Muriaé, no domingo (26), cerca de 450 pessoas estavam desalojadas. Com o recuo da água do rio e os trabalhos de limpeza, a Defesa Civil informou que grande parte deste número já retornou aos imóveis nesta segunda-feira, estimando que apenas 50 permaneçam desalojados.

Já sobre os desabrigados, somavam-se 54 pessoas que estavam em abrigos e na Casa Acolhedora. Todos retornaram para casas de parentes ou amigos. A pasta informou que o acumulado de chuvas em 72 horas foi de de 150,9 milímetros.

Em Carangola, durante o fim de semana o número de desalojados chegou a três mil pessoas. Duas mil pessoas estão desabrigadas.

De acordo com Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec), essas pessoas foram distribuídas em nove abrigos temporários.

Na manhã desta segunda-feira, a Defesa Civil de Carangola informou ao G1 são 117 desabrigados e 28 desalojados.

Em Ubá, o número de desalojados é de 30 pessoas e três estão desabrigadas.

Em Guidoval, cerca de três mil pessoas chegaram a ser atingidas pela chuva durante o sábado (26), segundo a Defesa Civil. Entretanto, o número foi diminuindo gradativamente e a pasta estima que cerca de 100 pessoas estejam desalojadas, em casas de familiares.

Em Dona Eusébia, 400 pessoas ficaram desalojadas em casas de parentes ou em abrigos. Foram realizadas 130 vistorias e nenhuma edificação foi interditada pela Defesa Civil.

Em Senador Firmino, três edificações foram interditadas e até a noite de domingo (26), 30 pessoas estavam desalojadas e três desabrigados.

Trabalhos após chuvas

Limpeza nas ruas de Ubá após as chuvas — Foto: Prefeitura de Ubá/Divulgação

Limpeza nas ruas de Ubá após as chuvas — Foto: Prefeitura de Ubá/Divulgação

Em Muriaé, a Prefeitura disponibilizou no domingo (26) equipes nas ruas fazendo a limpeza e atendendo as famílias atingidas pelas cheias.

Desde sábado (25), a Secretaria Municipal de Obras Públicas e o Demsur montaram uma força-tarefa e estão lavando as vias públicas e recolhendo entulhos em bairros mais afetados, como José Cirilo, Santana, Dornelas, Patrimônio São José, Barra – incluindo a região da Prainha -, Encoberta e distrito de Itamuri, que também foi bastante prejudicado pelas chuvas

Já as equipes da Secretara Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) percorreram as áreas também bastante afetadas com as cheias – União, Napoleão, José Cirilo, Santana, Dornelas, Patrimônio São José, Santo Antônio, Encoberta, Prainha (na Barra) e em Itamuri – fazendo levantamentos de pessoas que necessitam de kit limpeza, cesta básica, entre outros itens.

Em Ubá e Cataguases, equipes da Prefeitura e Defesa Civil também foram às ruas durante do domingo para realizar a limpeza nos locais mais afetados pelas tempestades.

Fonte: G1 Zona da Mata

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