A Polícia Civil está investigando o caso; mãe e padrasto da criança foram liberados por não haver elementos que indiquem autoria do casal na morte
Uma bebê de 11 anos morreu nessa segunda-feira (28) após dar entrada na UPA de Manhuaçu, na Zona da Mata, com hematomas na barriga e nas costas, além de uma forte marca de mordida em sua bochecha. A mãe da criança, 21, e seu marido, 19, que é padrasto da menina, não souberam contar às autoridades o que teria acontecido com a bebê. Após ouvi-los em cartório, a Polícia Civil de Minas Gerais liberou mãe e padrasto, por entender que não há elementos suficientes que indiquem a autoria do casal na morte da criança. Um inquérito foi instaurado e as investigações serão iniciadas nos próximos dias.
À equipe médica e aos policiais, a mãe declarou que o padrasto saiu de casa para passear com a criança nas ruas próximas e em um campo de futebol no bairro onde vivem. Alguns minutos depois, o homem teria voltado para a residência desesperado, com a menina nos braços, já desmaiada, como está registrado no boletim.
A mãe contou ainda que, ao pegar a filha nos braços, percebeu que sua fralda estava suja e decidiu dar um banho na menina. Nesse ínterim, a criança choramingou uma única vez antes de desmaiar novamente. Para ajudá-la, a mulher chamou uma vizinha. Essa até tentou reanimar a bebê e, sem conseguir, recomendou que o casal levasse a menina até a unidade hospitalar. Pouco depois de ela dar entrada, o óbito foi constatado.
Segundo consta na ocorrência, o padrasto da menina tem deficiência auditiva e não fala. Uma profissional, formada em libras, conversou com ele, que relatou o mesmo que sua esposa. A jovem ainda contou à polícia que o padrasto era muito carinhoso com a menina, e não acredita que ele tenha feito algum mal a ela. Uma única testemunha viu o homem passear com a criança; esta contou que o viu entrar em uma trilha, que dá acesso a uma lagoa, com a menina, mas não notou quando ele saiu de lá. O caso será investigado
Fonte: O Tempo