Plano anunciado pelo governador Romeu Zema nesta quinta-feira (10) prevê ainda que mais de 600 atividades comerciais não precisarão mais de alvará de funcionamento em Minas Gerais.
O governador Romeu Zema (Novo) anunciou, nesta quinta-feira (10), em Belo Horizonte, o “Avança Minas”, plano de retomada econômica que vai destinar mais quase R$ 50 milhões em investimentos em cidades da Zona da Mata. Além disso, o estado vai parar de exigir alvará de funcionamento para 642 atividades comerciais em Minas Gerais.
De acordo com o governador, o objetivo do plano é criar ambiente favorável à geração de investimentos e empregos. Para isso, o “Avança Minas” reúne uma série de medidas de desburocratização para melhorar o ambiente de negócios no estado e engloba ainda um pacote de obras públicas em diversas áreas.
Na Zona da Mata, estão previstas obras nas cidades de Juiz de Fora, Ubá, Cataguases, Bias Fortes e Goianá, bem como a finalização de outras que estão em andamento. Em todo o estado, os investimentos do Governo de Minas somam R$ 1 bilhão, nas áreas da saúde, educação, segurança pública, infraestrutura rodoviária e urbana.
Confira os investimentos previstos para a região:
Empreendimentos na Zona da Mata
MUNICÍPIO | EMPREENDIMENTO | SITUAÇÃO | VALOR |
Juiz de Fora / Goianá | Interseção BR-040 / João Ferreira (Goianá) | a iniciar | R$ 2,7 milhões |
Cataguases | Contorno de Cataguases | a iniciar | R$ 16 milhões |
Bias Fortes | Antônio Carlos / Bias Fortes (conclusão) | a iniciar | R$ 17,3 milhões |
Juiz de Fora | Reforma da E.E. Delfim Moreira | em andamento | R$ 10,1 milhões |
Cataguases | Contenção de encostas | a iniciar | R$ 11 milhões |
Ubá | Construção da cadeia pública | em andamento | R$ 22 milhões |
Entre as obras para a Zona da Mata, o governador destacou a que se refere à área da Educação, a reforma e restauração no Palacete Santa Mafalda, que é o prédio onde funcionava a Escola Estadual Delfim Moreira, em Juiz de Fora. As intervenções foram iniciadas em julho de 2019 no espaço – tombado pelo patrimônio histórico municipal – que foi fechado em 2013, após interdição da Defesa Civil.
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Palacete Santa Mafalda, onde funcionava a Escola Estadual Delfim Moreira em Juiz de Fora — Foto: Roberta Oliveira/G1
Desburocratização
A Medida Provisória (MP) da liberdade econômica do governo federal foi aprovada pelo Senado em agosto de 2019 e se tornou lei em setembro, com a sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A lei dispensa o alvará para 287 atividades de baixo risco, caso não haja regras estaduais distritais ou municipais sobre o tema. Em Minas Gerais, o número de atividades liberadas do documento é duas vezes maior.
O Decreto nº 48.036 foi assinado durante coletiva de imprensa, na Cidade Administrativa de Minas Gerais, na Região de Venda Nova, na manhã desta quinta-feira. O plano “Avança Minas” foi definido pelo governo como um meio de “simplificação e desburocratização”, e também trata da revogação de normas e execução de ações em saúde, educação e infraestrutura.
“Borracharias, loja de calçados, banca de jornais estarão dispensados desse tipo de documento. O estado continua tendo todas as prerrogativas de fiscalização e vai fiscalizar todas as atividades, como sempre fez. O que o estado não vai fazer mais é deixar aquele que quer investir aguardando meses ou anos esperando para ter seu pedido analisado”, afirmou o governador.
O G1 pediu ao governo a lista das 642 atividades que não vão precisar de alvará. A assessoria respondeu que elas serão publicadas no Diário Oficial nos próximos dias.
Aprovação automática
“Qualquer ato do estado de liberação de funcionamento dos empreendimentos, o empreendedor, no ato da solicitação, já vai saber qual o prazo máximo que o estado terá para se manifestar em relação àquela solicitação. Se esse prazo não for cumprido, está aprovado tacitamente”, disse o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio.
Para Zema, a aprovação tácita será “um voto de confiança no cidadão que sempre foi tratado de certa maneira como alguém suspeito, pra não dizer criminoso”.