Crime ocorreu em setembro de 2019 no Bairro Vila Ozanan e vítima foi ferida com 12 golpes de faca.
Depois de desferir 12 golpes de faca contra a ex-mulher, de 33 anos, em agosto de 2019, o réu Antônio Adriano Gonçalves, de 44 anos, foi a júri popular nesta terça-feira (27), foi inocentado da acusação de tentativa de feminicídio e condenado por lesão corporal.
A sentença foi proferida pelo juiz Paulo Tristão, no Fórum Benjamin Colucci, em Juiz de Fora. Conforme a decisão do Tribunal do Júri, o homem foi condenado a oito meses de prisão em regime aberto.
Entretanto, como já cumpriu a pena em unidade prisional, Paulo Tristão julgou que a detenção foi cumprida integralmente, extinguiu a pena e determinou a expedição do alvará de soltura em favor de Antônio.
Segundo a sentença, os jurados decidiram que o réu, apesar de esfaquear a vítima, não teve a intenção de causar a morte dela. A motivação alegada pelo homem foi uma “traição praticada pela ex-companheira”, mesmo estando separados.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que representou pela acusação de tentativa de feminicídio, disse que vai recorrer da decisão.
Entenda o caso
No dia 30 de agosto de 2019, a mulher, na época com 32 anos, foi encontrar o ex-marido na Rua Major João Martins, na Vila Ozanan em Juiz de Fora. Conforme o MPMG, a vítima encontrou o homem para receber um dinheiro que seria utilizado para criação das três filhas do casal. Os dois foram casados por 18 anos.
Depois que Antônio Adriano Gonçalves entregou um cartão para a ex-mulher, ele sacou uma faca e deferiu 12 golpes contra ela. Ela teve ferimentos no tórax, cabeça, rosto e braço direito. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para prestar os primeiros atendimentos e ela foi levada para o Hospital de Pronto Socorro Dr. Mozart Teixeira (HPS).
Ao chegar no local do crime, os policiais militares seguiram em rastreamento e encontraram Antônio. Segundo informações do boletim de ocorrência, ele confessou o crime e contou aos policiais que jogou a faca próximo ao viaduto, às margens do Rio Paraibuna. No entanto, a arma não foi encontrada.