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Acusado de matar casal em carro é julgado nesta terça-feira

Luisa Lima Machado, 22, e o namorado dela, Caio Sérgio Gomes Marques, 24, foram assassinados em julho de 2017

O júri popular dos dois suspeitos da morte de Luisa Lima Machado, 22, e do namorado dela, Caio Sérgio Gomes Marques, 24, em julho de 2017, começou com reviravolta na manhã desta terça-feira. Por decisão do juiz Paulo Tristão, apenas o acusado de ser o executor do duplo homicídio, hoje com 28 anos, será julgado. O mandante, que atualmente tem 22 anos, deverá ser submetido a um exame de insanidade mental. Na época do crime, eles tinham, respectivamente, 25 e 19 anos. Segundo o advogado do mandante, Nelson Rezende Júnior, seu cliente encontra-se internado em uma clínica psiquiátrica. A expectativa é que o julgamento não termine hoje, em razão da grande quantidade de testemunhas convocadas para prestar depoimentos. A primeira, aliás, começou a ser ouvida por volta das 11h. Trata-se de um sargento da Polícia Militar que atendeu a ocorrência.
Na época do crime, o casal foi encontrado morto em um carro, que estava com o vidro da porta do motorista perfurado por disparo de arma de fogo. A perícia foi constatou que os jovens foram alvejados por tiros na cabeça e, possivelmente, o atirador estava dentro do veículo. Durante a remoção dos corpos pela funerária, foram encontradas duas cápsulas de projéteis deflagrados de pistola ponto 45, sendo que uma delas estava no banco e outro no assoalho do carona. Um boné vermelho que estava atrás do banco foi apreendido.

Conforme o inquérito policial, as vítimas não tiveram possibilidades de defesa, pois foram atraídas ao local do crime numa emboscada armada pelo mandante, que queria comprar cerca de 200g de haxixe. No local, o casal foi surpreendido pelos disparos, sendo que Luisa acabou sendo morta por ser namorada de Caio e estar em companhia dele naquele momento. Uma das testemunhas ouvidas durante a audiência disse ter visto, um dia antes do assassinato, na Praça do Bairro São Mateus, o mandante usando um boné de cor vermelha igual ao que fora encontrado no carro em que as vítimas foram assassinadas.

Julgamento deve ser longo

Antes do início do julgamento, as defesas dos envolvidos conversaram com a reportagem e disseram que o julgamento deve ser longo e a expectativa é que não termine hoje. O advogado Tiago Almeida de Oliveira, que representa as famílias das vítimas, disse que atua junto ao Ministério Público no caso. “Conhecemos bastante os elementos que serão apresentados. Acreditamos que há indícios suficientes para demonstrar a participação tanto do autor como do mandante.” Já o advogado Nelson Rezende Júnior, que representa o mandante, disse que as provas testemunhais poderão definir o caso. E a defensora Suellen Avelar Fernandes, representante do executor, explicou que há muitas testemunhas veladas que irão apresentar suas versões nesta terça-feira. “Tudo pode mudar e acontecer. Estou confiante, como advogada, que a tese de legítima defesa vai prevalecer.”

Depoimentos

O sargento da Polícia Militar, primeiro a ser ouvido durante o julgamento, prestou depoimento por aproximadamente 30 minutos. Em seguida foi ouvida a ex-companheira do suspeito de matar o casal. Segundo ela, no dia do crime, o réu chegou na casa dela nervoso e com camisa com respingos de sangue e boca ferida. Ele disse a ela, conforme seu testemunho, que teria apanhando de garotos na rua. A jovem ainda disse que depois do crime vir a tona, o acusado pediu, via rede social, pra que ela dissesse na delegacia que esteve com o suspeito durante todo o dia em que ocorreram os assassinatos.

Por volta de 12h30 começou a prestar depoimento uma jovem, amiga da ex-companheira do acusado de executar o casal. Ela esteve na casa deles após o crime. Além disso, o pai da testemunha chegou a andar de carro pelo bairro atrás dos supostos agressores do rapaz, que havia informado à ex-companheira que tinha sido agredido. Após o intervalo do almoço, o julgamento foi retomado por volta de 14h15, com uma testemunha velada. Assim, todos os presentes, inclusive o réu, tiveram de se retirar do plenário, e a imprensa não pode acompanhar o depoimento.

Fonte: Tribuna de Minas

Adubo para Grama

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