Apesar da cidade ter programa próprio, o ‘Juiz de Fora pela Vida’, a decisão do Estado tem caráter impositivo e o sobrepõe as regras determinadas pelos municípios, mesmo os que não aderiram ao plano estadual.
O município de Juiz de Fora entrou, neste sábado (13), na Onda Roxa do “Minas Consciente”. A mudança ocorreu após o Estado regredir a microrregião da cidade para a última etapa do programa estadual. (Veja abaixo o que pode ou não pode)
Embora não integre mais o “Minas Consciente”, a Onda Roxa tem caráter impositivo. Com isso, mesmo que o município, por exemplo, tenha o programa próprio como o “Juiz de Fora pela Vida”, a decisão do Estado sobrepõe a do Município, que é obrigado a seguir as regras.
Ainda conforme o Governo de Minas, as cidades podem incluir outras práticas ainda mais restritivas, mas todas determinadas na Onda Roxa precisam ser seguidas, sem exceções.
Segundo o Estado, a nova etapa criada prevê medidas mais restritivas para conter o avanço da contaminação pela a Covid-19, como restrição de circulação nas ruas em qualquer horário e barreira sanitária.
“Independente da adesão ao Minas Consciente, o decreto é impositivo e vinculante, à vista da gravidade crescente da situação da pandemia. Vamos cumprir a decisão, que responde à nossa emergência sanitária, do estado e da região”, explicou a prefeita Margarida Salomão (PT).
Juiz de Fora entra na Onda Roxa a partir deste sábado; veja o que pode funcionar
Como funciona?
Nessa fase – que, a princípio, tem duração de 15 dias – só é permitido o funcionamento de serviços essenciais e a circulação de pessoas fica limitada aos funcionários e usuários desses estabelecimentos.
O deslocamento por qualquer outra razão deverá ser justificado e a fiscalização será feita com o apoio do município e da Polícia Militar (PM). Confira abaixo as regras:
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Medidas da Onda Roxa no Minas Consciente — Foto: Governo de MG/Divulgação
Serviços considerados essenciais pelo “Minas Consciente” atualizados neste sábado:
- Setor de alimentos (excluídos bares e restaurantes, que podem via delivery ou retirada no balcão – veja detalhado abaixo);
- Serviços de Saúde (atendimento, indústrias, veterinárias, etc);
- Bancos;
- Transporte público (deslocamento para atividades essenciais);
- Energia, gás, petróleo, combustíveis e derivados;
- Manutenção de equipamentos e veículos;
- Construção Civil;
- Indústrias (apenas da cadeia de atividades essenciais);
- Lavanderias;
- Hotéis somente como residência e para fins de isolamento;
- Serviços de TI, dados, imprensa e comunicação;
- Serviços de interesse público (água, esgoto, funerário, correios etc.).
Delivery
Das 5h até às 20h está autorizado o funcionamento de delivery de qualquer setor. Já de 20h às 5h, somente as entregas relacionadas a atividades essenciais, como do ramo alimentício, por exemplo.
Os restaurantes e bares podem operar com retirada no balcão e também pelo delivery durante todo o dia, mesmo com as restrições, mas a orientação é que as pessoas evitem retirar o alimento depois das 20h. Veja aqui a lista completa.
Comprovação para deslocamentos
As pessoas que estiverem em deslocamento para o trabalho, em serviços permitidos, deverão portar carteira de trabalho ou funcional ou crachá ou contrato de trabalho ou qualquer outro documento que justifique o vínculo profissional durante o toque de recolher.
A comprovação para outros deslocamentos não essenciais se dará através de documento de identidade oficial com foto e autodeclaração para deslocamento durante a quarentena, que não precisa ser impressa.
O comprovante poderá ser apresentado pelo celular ou por qualquer equipamento eletrônico que se conecte à internet, para confirmar a necessidade do deslocamento.
Fiscalização
Segundo a Prefeitura, a “Fiscalização pela Vida” verificará o cumprimento da legislação e dos protocolos, com aplicação das penalidades previstas.
A operação é uma atuação conjunta dos fiscais de posturas da Secretaria de Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas (Sesmaur); dos guardas municipais da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Sesuc); dos agentes de transporte e trânsito da SMU, do Procon e da Polícia Militar de Minas Gerais.
Fonte: G1 Zona da Mata