A Polícia Militar (PM) atendeu uma ocorrência na sede da Viação Goretti Irmãos Ltda (GIL) na tarde desta quarta-feira (25) em Juiz de Fora. A empresa é responsável por parte da frota de ônibus urbanos na cidade. Conforme a corporação, uma confusão foi registrada no local.
Desde o fim de outubro, parte dos motoristas e cobradores da GIL está com as atividades paralisadas por falta de pagamento. No dia 13 de novembro, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Juiz de Fora (Sinttro-JF) propôs aos funcionários o Programa de Demissão Voluntária.
De acordo com o vice-presidente do sindicato, Claudinei Janeiro, teria chegado ao conhecimento dos funcionários a especulação de que a GIL iria decretar falência. Ainda conforme ele, cerca de oito ônibus circulavam na cidade na tarde desta quarta e que os funcionários foram impossibilitados de trabalhar.
Em nota, a Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra) informou que não recebeu nenhum pedido oficial de decreto de falência da empresa GIL. “A pasta segue acompanhando a paralisação da empresa e as vans continuam autorizadas a atender à população”, explicou.
Greves
Desde março de 2020, Juiz de Fora enfrentou oito paralisações, greves ou manifestações que afetaram o funcionamento do transporte coletivo na cidade. Os atos foram motivados por atrasos no pagamento dos salários, benefícios e outras questões contratuais, que foram agravadas por uma crise financeira em virtude da pandemia da Covid-19.
Como forma de suprir a demanda, a Settra publicou uma portaria para que vans escolares atendam as linhas da GIL durante o período de interrupção do serviço. O preço cobrado deve ser de R$ 3,75, o mesmo que é cobrado pelas linhas de ônibus que realizam o transporte público.
Fonte: G1 Zona da Mata