Segundo o Sinttro, frota foi recolhida pelos motoristas e cobradores na noite de terça-feira (15). Os trabalhadores alegam atraso no pagamento do plano de saúde.
Os ônibus da Viação Goretti Irmãos Ltda (GIL) voltaram a circular na manhã desta quarta-feira (16) em Juiz de Fora. A informação foi confirmada ao G1 pela Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra).
Na noite de terça-feira (15), os ônibus da empresa foram recolhidos pelos motoristas e cobradores para as garagens. Conforme o o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo Urbano (Sinttro), Claudinei Janeiro, a ação não foi sindical e foi realizada pelos trabalhadores.
De acordo com Janeiro, a classe pede a regularização do plano de saúde, que estaria atrasado há dois meses.
A reportagem entrou em contato com o Sinttro novamente na manhã desta quarta-feira (16). O Sindicato confirmou o retorno dos trabalhadores e afirmou que irá entrar com uma ação na Justiça pedindo o pagamento do plano de saúde destes trabalhadores.
Em nota, a Astransp informou que não irá se manifestar sobre o assunto por ser uma questão individual e administrativa da empresa.
O G1 também procurou a GIL, através do advogado representante da empresa, para saber quais ações estão sendo tomadas, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.
Greve no mês passado
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Segundo dia de greve em Juiz de Fora — Foto: Sinttro/Divulgação
Em agosto, os trabalhadores de todas as empresas ficaram em greve. Na ocasião, os motivos apontado foram os atrasos pelas empresas no pagamento referente ao mês de julho e a manutenção de benefícios, como cestas básicas e tíquete alimentação.
- Depois de quase 10 dias, greve dos trabalhadores do transporte coletivo chega ao fim em Juiz de Fora
Por causa da greve, a Prefeitura autorizou 258 vans escolares a realizarem o transporte de passageiros pelo valor atual da tarifa de ônibus, que é R$ 3,75.
Para resolução do conflito, ocorreram diversas reuniões entre o sindicato e as empresas. O fim da paralisação ocorreu após um acordo.
Crise financeira nas empresas
A crise financeira causada pelo novo coronavírus gerou um prejuízo de mais de R$ 15 milhões às empresas até maio deste ano, de acordo com dados da Associação Profissional das Empresas de Transporte de Passageiros (Astransp). Os consórcios informaram que, em outubro de 2019, o número de passageiros pagantes ultrapassava 7 milhões. Em março de 2020, o número caiu para 4,9 milhões. Em abril, este número chegou à casa dos 2,2 milhões.